
Nem Deus, Nem pátria, nem muito do que você acredita ser sagrado; ou nada: a Nieu Dieu Nieu Maitre grita sobre isso. Já tendo tocado com nomes expressivos do que se chama hardcore e passado por muitas cidades do país (o que disso importa?), o grupo atualmente se estabelece como um dos mais expressivos e ativos fora do glamour dos palcos que se tem notícia no Brasil. Importando-se muito mais com o impacto causado no cotidiano dos idivíduos, com a trasnformação de idéias e ações que com o número de shows, camisas e álbuns vendidos por conta de seu nome, a banda curitibana segue seu caminho.
Essa entrevista, realizada através de uma curta série de emails e compilada aqui, de certa forma é emblemática de muito,muito, daquilo que fere, choca e dói e que o Elo Coletivo também acredita que deve ser exposto. Originalmente esta entrevista seria publicada em um natimorto fanzine em papel, depois de muita demora cá ela se encontra.
Elo – Primeiramente, o que significa Nieu Dieu Nieu Maitre e o que isso representa para a banda?
(xGx) – . NDNM saiu de um periódico francês anarquista muito antigo, e é uma homenagem a isso. Existe um bom livro de autoria do francês D. Guérin com mesmo título. É sobre essa coisa de arrancar cabeças dos juízes e amarrá-las nas tripas do papa, vc sabe a guerra espanhola trouxe um pouco disso à tona. Visto que a banda, bem como as nossas letras tem uma orientação anarquista, mesmo que muitas vezes sendo e beirando um nihilismo, porem, construtivo. Somos daquele tipo de bandas da geração terrorismo brando, sabe, Renascença Pretenciosa Confrontacionista como querem alguns rotular. Coisa de monge…
Elo – Podem falar um pouco a respeito da trajetória de vocês, enquanto banda e enquanto indivíduos?
(xGx) – O NDNM em alguns meses de ensaio produziu uma demo caseira com 9 sons.Isso nunca foi divulgado além dos toca-fitas mais próximos. Na verdade o negocio não era pra ser uma banda e sim um projeto onde descarregava-se ódio. Mas em 1 ano e meio de vida esteve bem ativo. Tocamos em vários festivais em todo o país. Preconizamos aqueles festivais que tem fundo beneficentes, que não estejam vinculados aos bares, boates, casas noturnas ou mesmo com bebidas alcoólicas, cigarros e produtos afins, onde é enfatizado a diversão machista, opressora, preconceituosa, racista através de cartazes com mulheres semi nuas e garotões dos olhos verdes e azuis sempre sorridentes rodeado de um mundo inexiste para a maioria de nós.
Foram muitos shows durante esses quase 2 anos, muitas amizades foram feitas; fica difícil dizer o que foi memorável. Nos Pampas tocamos com o xAMORx e com uma das maiores bandas brasileiras, o NO REST que somam 20 anos de resistência punk tupiniquim. Em santa Catarina com o Nunca Inverno e Fornicators . No Paraná com bandas veteranas exemplo do KUOLEMA que estão aí desde 1979, VOMIT FOR BREAKFAST, 54 SUICIDES da alemanha, DEFECT DEFECT da EUA, Los Perversos da Argentina e Uruguai. No Espírito Santo com Alliance e outras. Londrina com Minha Guerra, Fisicopatas e Noise Reduction entre outras e dentro disso Rattus, Riistetyt e outras maiores não menos importante.
Fizemos uma turnê pelo Nordeste em 2007 passamos por 12 cidades com Renegades of Punk, Chiaki Kiddo, Arquivo Morto, Capitalixo, Maharishi e uma porrada de outras bandas. Disso aí surgiram gigs no Rio de Janeiro no Squatt Flor do Asfalto e outros locais também. São Paulo é um lugar que temos muitas afinidades, várias gigs. Muitas memoráveis em SP com Abuso Sonoro, Armagedom, no Carnaval Revolução, festivais Pé di Barro, Terror House, etc. Fomos para Argentina e depois por último num rolê pro centro-oeste um dos melhores que já fizemos. Mas todas tem o seu valor. Difícil é pesa-las.
Elo – E como surgiu a banda, quais os outros lançamentos que ela já fez?
(xGx) – Em meados de 2002 um coletivo que reunia várias pessoas que tinha como base a Casa da Ponte esteve ruindo. Dessa ruína nasce o NDNM com três pessoas desse coletivo. Mas não era pra ser banda. Era na verdade um desabafo de tudo que acabávamos de passar. Muita angústia contida, as letras sobre temas mais amplos e não tanto naquela coisa da cena e convertidos. Mas as coisas tomaram outros rumos, por si só.
O estúdio que ensaiavamos nos presenteou com uma demo a qual não tínhamos a pretensão de algum dia gravar. Isso nunca havia sido cogitado. Deu-se o nome de NEM DEUS NEM PÁTRIA.
A segunda coisa foi um presente também. Tocávamos num espaço para mais ou menos umas 5 ou 6 pessoas. Dentre elas estava um bélga que passava pela rua e resolveu entrar no espaço. Coincidentemente ele era dono de um selo ( Filth Ear) e disse que ia lançar um vinil 12″ nosso e que então tíhamos que gravar em duas semanas. Bem, foi o que fizemos. Nomeou-se, esse lp, como MORTE BRANCA.
A terceira gravação foi um K7 lançado por nós mesmos com sobras de gravações que não couberam no LP. Chama-se INIMIGO DO ESTADO.
A quarta gravação foi bancada pelo selo Altruísmo discos (porto alegre) e Rosa Negra (blumenau), demos o nome de CORPORATIONS DESTRUCTION SONGS.
Elo – A NDNM está preparando alguma coisa pro futuro: o que podemos esperar?
(xGx) – Temos previsão de lançarmos ainda um LP com 22 sons que já foram gravados. Problema é que ninguém quer lançar… Somos o tipo de banda que não vende, é uma coisa muito restrita. Pode chamar isso de gueto, talvez. Tem umas turnês, mas nada ainda confirmado totalmente.
Elo – Vocês possuem outras atividades dentro do cenário underground fora do NDNM, como zines, distros, outras bandas etc?
(xMayarax) – Embora os meus primeiros passos, no cenário punk, tenham sido fruto mais de um gosto musical do que reconhecimento político, com o decorrer do tempo passei a me interessar muito pelos coletivos (de libertação animal, feministas, movimentos sociais, ocupações). Frente à necessidade de me organizar politicamente aliada à disposição das pessoas presentes ao longo da minha formação, as coisas tomaram um teor mais sério. Atualmente, colaboro- não como moradora- com o squatt 13 de janeiro. Neste espaço, acontecem oficinas, vídeos-debates, shows, bem como as reuniões do ELA (Estudos e Práticas de Libertação Animal), MPL (Movimento Passe Livre), NAC (Núcleo Anarquista de Curitiba). Estamos com uma banca libertária de livros, também!
(xGx) – Gostaria de, em primeiro lugar, esclarecer o seguinte, a turma do NDNM não tem a ínfima pretensão de estar envolvido nesse esquema de “cena” ou qualquer que seja o entendimento por um amontoado de estacas humanas sem expressão alguma a nível organizativo, político-sócio-cultural, ativismo/militância, construção pessoal e por fim como interventores da própria realidade. Infelizmente é o que enxergamos como cena: Tatuagens, roupas exóticas, coleção de discos raros, especializações em mediocridades.
Temos uma coperativa de livros anarquistas a qual expomos em gigs, universidades, eventos em associações de bairros e sinidicatos. Junto a ela tem alguns discos, K-7s, zines.
No momento estamos na construção de um periódico da organização a qual pertencemos N.A.C. (Núcleo Anarquista de Curitiba) e o informativo do Centro de Cultura Anarquista 13 de Janeiro.
Sim, participamos de outros projetos musicais. Nesse instante trabalhamos no INF(A)ME – com um som pesado, negativo com pitadas catharsis e death/black. Outro projeto é o SPARA – engraçado porque imaginavamos um tipo de som e saiu outra coisa que ainda não sabemos definir. Os vocais são berrados mas a sonoridade da banda lembra algo como uma banda garage, pré-punk sei lá.
E outras que não tem expressão alguma.
Elo – Numa entrevista sua, que pode ser vista na internet, feita um tempinho atrás, você disse que não existe cena em curitiba: continua assim?
(xGx) – Depende. Se você se refere à cena hardcore-punk, está morta!
Elo – Sim, me referia ao hardcore-punk… provavelmente você está dizendo que o hardcore “de monge” está morto: correto?
(xGx) – Errado. Se algumas pessoas insistem chamar panela de movimento ou mesmo de cena, ok! Eu não vou dizer isso e nem compartilhar, e isso é instrutivo, da mesma posição.
Elo – Então como é a realidade ai, como se faz show, onde, quem toca, que tipo de coisa toca e pra que tipo de gente?
(xGx) – A realidade aqui é sufocosa. Você sabe, sair de casa e dar de cara com o “cidadão de bem” e todas essas construções deformadas chamada de sociedade de bem estar comum, livre mercado, capitalismo humanitário, isso é um monte de lixo acumulado, é uma coisa dura de qualquer um conviver. Lembre, aqui ainda as pessoas acreditam nessa coisa de cidade modelo. As gigs acontecem em nossa casa na maioria das vezes, na maior parte delas tocam bandas de fora e as mesmas daqui (MOTIM, ONDE EU ME ENCAIXO, PARAMORTE).
A turma que frequenta é bem eclética. Em sua maioria universitários, secundaristas e um pouco da turma ligada com hardcore.
Elo (xMagox) – Quando estive ai uns 2 ou 3 anos atrás haviam alguns dias que uma mina fora esfaqueada numa praça por WPs pelo que você (xGx) me disse. Como estão as coisas por ai, como os grupos e nichos do hardcore estão se relacionando?
(xGx) – Essa questão é bem complicada por aqui. Realmente complicada, pois o que em outras cidades está relegado a uma gangue específica ou qualquer coisa perto disso aqui o negocio entrou no âmbito institucional propriamente dito. Pra que se tenha uma idéia ao que me refiro exatamente, temos como veradores representantes dessa porcaria hooligan. Não é diferente dentro da instância do judiciário onde existem casos de promotores e juízes Skinheads. Então a coisa que se dá nas ruas não é nada mais do que um reflexo de como a aceitação desse tipo de política é naturalizada por aqui. Mas digo isso a nível dessa cidade aqui. A ascepsia social é tida como excelente entre a maioria das pessoas aqui. Continua a mesma coisa, é muito sério. Há pouco tempo teve um ataque brutal a um morador de rua que inclusive tínhamos proximidade.
Elo – Como vocês enxergam a relação hardcore/política/ativismo, como ela é por ai, faz alguma diferença cantar “Construa seu próprio tempo” ou simplesmente uma letra romântica qualquer?
(xMayarax) – Quando se fala de hardcore, logo vem em mente “estilo alternativo de vida que visa romper com as imposições as quais somos submetidos”. Mas, isso não seria Anarquismo? Quem faz parte do hardcore é necessariamente libertário? Sim e não, respectivamente. Não vejo, na prática e em sua totalidade, o punk como ferramenta de transformação. Há de tudo, digo, várias pessoas com diferentes posicionamentos políticos (diferenças extremas que impedem, muitas vezes, a convivência): anarquistas, comunistas, apolíticos, sxes-skins, raw punks, cristãos. Não que a pluralidade seja algo ruim, absolutamente, mas torna-se difícil encontrar coesão em um movimento onde as idéias trabalham, na maioria das vezes, em lados opostos. Por isso digo, quer se organizar? Não espere muito do hardcore.
(xGx) – Devemos colocar parâmetros nas questões ou então seremos tão acertivos quanto um africano nazista. Como a Mayara colocou acima, entendo o hardcore como um lugar que existe espaço para se discutir sobre inúmeros aspéctos da vida ao mesmo tempo que é um lugar da expressão da lei do mais forte. Cansei de ver machões tatuadíssimos com roupas “descoladas” como centro das atenções e ainda, formadores de opinião. Gays ultra corporativistas de direita que execram tod@s e quaisquer que não sejam seus pares. Uma infinidade de bandas com letras como: “bicha de merda” ou “pegou aids da vadia” ou “sem terra e sem vergonha” e todo esse tipo de posicionamento absurdo, retrógrado, ultrapassado, burro, simplista e senso comum. Então, qual é o tipo de “hardcore” que é referido? Dentro do NDNM existe uma preocupação com o que iremos vincular por aí. Para nós a musica, a arte da capa / encartes e as letras tem seu papel, mesmo que endogenicamente limitadas, como parte da construção social ideológica a qual entendemos ter parte na alteração dela e da maneira que entendemos visar o bem. Entendemos que, de uma maneira negativista no sentido estrito-senso, ao negar algo busca-se o melhor. A política dentro do hardcore ela é dúbia. Tem-se a extrema direita e anarquistas primitivistas dentro da mesma coisa chamada hardcore.
Ativismo. Aqui novamente é necessário que se faça a devida distinção do termo.Ativismo e militância, ao que compreendo, são práticas diferentes. Rapidamente, o ativismo não altera em nada a vida do ativista. Um exemplo: um protesto em frente a embaixada dos Estados Unidos da America com palavras de ordem como algo do tipo – “os pobres não aguentam mais reajustes fiscais” – no mesmo momento o trabalhador passa por um ônibus em frente a embaixada rumo ao seu emprego e nada entende ao ver a manifestação que diz existir pra ele. Militância no entanto, visa o trabalho diário nas bases e é algo em que o militante incorpora de forma que sua vida é a militância e não algo como uma atividade durante algumas horas no mês. Acho que assim como a igreja, a universidade, as escolas, tem seus militantes comprometidos realmente com a causa social (e não duvido disso vide teologia da libertação e maio de 68) a porta de entrada para uma boa militância pode ser via hardcore-punk. O quero dizer com isso é que para mim hardcore-punk não é espaço para se buscar esse tipo de organização com qualquer garantia.
Elo – Bem, vocês disseram que apesar de tudo enxergam o hardcore como uma porta de entrada para diversos questionamentos e conseguintemente, em alguns casos, para uma militância ativa do indivíduo em alguma causa, mas que no entanto o hardcore ainda se estabelece prioritariamente como um nicho cultural tão mantenedor do status quó quanto qualquer outro: onde reside a fronteira, a zona de tenssão? E como vocês acreditam que se pode direcionar o ponteiro para o outro lado? Se é que acreditam que pode.
(xGx) – Na verdade ao entender que essa porta de entrada não é uma exclusividade do hardcore-punk não vejo problema da coisa se dar em outros âmbitos e ainda mais focado do que talvez tivesse no hardcore-punk, mas porque não dentro do hardcore punk também?. Como a coisa está completamente ligada ao indivíduo (tanto é que um dos lemas dentro da coisa punk hardcore é o “faça você mesmo”) a fronteira é de indivíduo para indivíduo. Como supra-ressaltei, existem projetos realmente compromissados e outros nem tanto. Depende da raíz dos envolvidos. Esse ponteiro é deslocado, no meu entendimento, quando nota-se, por parte da interação que se tem nesse tipo de atividade, uma ação direcionada frontalmente àquelas pessoas ali presentes.
O contato físico, verbal, psicologico são instrumentos primordiais nessa processo de ação para deslocar o que você chamou de ponteiro. Mas isso não é garantia de nada. Afinal, entretenimento para brancos, burgueses, cristãos tem até no shopping center.
Elo – Toda essa compreesão de mundo e convicção no posicionamento de vocês é algo muito dificilmente encontrado no meio, infelizmente, como vocês lidam com a incompreensão e incompatibilidade de outros grupos diante disso (dos posicionamentos e da firmeza em sustentá-los) e fugindo um pouco: não há espaço para diverssão no que vocês fazem, como vocês encaram quem está nisso por diverssão, tendo em vista que pode-se por exemplo “entrar ou sair deste estado”?
(xGx) – São duas perguntas. A primeira a resposta é frustração generalizada. Não sou eu quem vai dizer o que as pessoas devem seguir ou deixar de acreditar. Nosso papel dentro disso é mostrar um ponto de vista que enxergamos como seria mais apropriado deixar de lado certos hábitos e crendices, mas de maneira alguma como imposição dogmática a ser seguida e essas coisas. Me divirto muito em minhas escolhas. De maneira alguma acho uma opção pedante.
Elo – O que serve de referência no processo criativo de vocês, podes dizer um pouco como ele se dá?
(xMayarax) – O meu processo criativo é inspirado pelo: Abuso e descaso das Instituições Representativas; falta de políticas públicas que venham garantir o cumprimento das leis, isentando-nos de: MORADIA DIGNA, TRANSPORTE COLETIVO GRATUITO, EDUCAÇÂO, SAÚDE, LAZER, CULTURA; violência legitimada pelos papéis sociais. Em contra partida, inspirado, também, pelas ideias de AUTOGESTÃO, APOIO MÚTUO e LIBERDADE.
(xGx) – Olha só, temos influencias muito fortes das empresas que nos causam enormes danos, da policia que com toda a sua brutalidade oficializada nos cala e criminaliza a pobreza e não aqueles que acumulam imensas furtunas, das escolas que nada mais nada menos nos adestram para servimos da melhor forma possível futuramente às fabricas e mega corporações, das injustiças contra os pequenos produtores e campesinos na América Central e do Sul, a estrutura sufocante da cidade, dessa disposição maldita em que a vida se arranjou. Sim, todas essas coisas nos influenciam. Mas você nos perguntava sobre as bandas, acho que era isso…bem, existem uma serie de bandas, na sua maioria aquelas uma dia chamadas de “rock de monge”, sabe, daquela turma de cabeças raspadas e letras contundentes do “verão revolução”, também do pessoal perto do cáucaso um pouco depois, algo como como Ripcord, Discharge, Minor Threat, Negative Approach, Born Against, Crass.
Elo – Não só bandas, não só “problemas sociais”… livros filmes; histórias; estórias; imagens etc e além de apartir do que vocês criam: como vocês criam?
(xGx) – Alguém deve levar alguma base, um rascunho com alguma letra sugerindo um tema. A coisa não tem nada demais, ensaia-se e deu.
Elo – Antes de terminar: Por que alguém não deveria ouvir a NDNM, adquirir nada da NDNM nem apoiar em nada a NDNM?
(xGx) – Porque muito provavelmente não apoiaremos um estilo de vida burguês impregnado de produtos plásticos revestidos com aço, suor e fezes tido como troféus de uma vida impecável bem sucedida que servirá de exemplo para outras gerações de alguma linhagem. Tudo aquilo que focamos são expressões de quem perdeu e continua a perder nesse jogo nefasto, injusto, brutal dito Estado e suas instituições coporativas que eternamente buscam favorecer a minoria abastada em detrimento da multidão resignadamente esfomeada. Realmente, jamais tivemos a pretensão de sermos escutados, de vender-nos consumidos e apoiados. Somos o que somos e o que buscamos ser.
Elo (xMagox)– Por fim agradeço a atenção, a NDNM é uma das bandas que mais admiro atualmente no Brasil, pelos posicionamentos, pela atuação, pelo som e trocentas outras coisas que o “hardcore de monge” representa pra mim. Mesmo sabendo que ninguém é “monge”, que em nossas caminhadas devemos ir de encontro às nossas contradições.
Muito obrigado mais uma vez.
(xGx) – abs.